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Uma cabine de polícia azul, que na verdade é uma máquina do tempo, maior por dentro do que aparenta por fora. O viajante? Um cara chamado Doutor, que tem dois corações, veio de um planeta que foi extinto, se regenera, possui uma chave de fenda sônica e tem mais de 900 anos. Viaja “sozinho” entre aspas, já que volta e meia algum visitante esporádico embarca na TARDIS para conhecer vários lugares no espaço e tempo e conquistar o coração dos espectadores. Eu tenho certeza que a maior parte dos leitores do blog conhece a série, mas sei que tem muita gente que não conhece ou tem preconceito com ela – como eu tinha! – e isso só faz todo mundo perder uma série ótima.
Só preciso avisar: você vai se viciar. Muitos amigos viviam dizendo que eu deveria largar tudo e assistir DW, mas eu nunca dei muita bola. Depois de insistirem tanto, pensei: “vou assistir para não encherem mais meu saco”… Bom, ninguém mais encheu minha paciência, por que eu mesma passei a encher os outros com DW. Eu ainda não terminei de assistir (comecei a quarta temporada!), por que quero ir bem devagar e terminar até a série voltar ao ar em setembro, assim não fico sem episódios, mas se você ainda não assistiu, largue tudo e vá ver agora!
Doctor Who surgiu na década de 60 e tinha um caráter mais educativo e as companions eram, por exemplo, professoras. A série caiu no gosto popular e ficou no ar durante anos, até Douglas Adams escreveu arcos para a série. Alguns dos episódios originais se perderam e é impossível querer assistir desde o início, por que muitos episódios jamais serão recuperados. Os episódios originais tinham 25 minutos, salvo poucas exceções. Em 1989, a série saiu do ar. Em 1996, um filme foi produzido para televisão, mas a série só retornou em 2005, no formato que conhecemos hoje, com episódios de 45 minutos. E é essa que está no ar até hoje!
E a questão toda é que eu achava que fosse um lixo! Como assim uma cabine de polícia que viaja no espaço e no tempo? E tudo parecia não fazer sentido, por que toda vez que alguém começava a me explicar Doctor Who, parecia uma confusão sem fim. A verdade é que é uma confusão sem fim… Mas é uma confusão divertidíssima!
Por exemplo, a questão do Doctor se regenerar. Eu não entendia muito bem como ele podia ser a mesma pessoa e ter um milhão de atores interpretando o mesmo personagem (um milhão de atores = onze, mas eu sou chegada a um exagero). Na história isso faz todo sentido e ajuda a série a se manter no ar há tanto tempo! O legal é que a série é feita com uma qualidade técnica duvidosa, mas os roteiros são ótimos e os arcos e as retomadas de personagem e enredos idem.
O primeiro episódio da série nova me ganhou, com aqueles manequins bizarros que ganhavam vida e atiravam em todo mundo. Bem que eu sempre soube: nunca confie em manequins de loja! Os efeitos especiais toscos, a Rose sem perceber que pelamordedeus-o-cara-virou-um-manequim!, e outras coisas foram essenciais para que eu me apaixonasse.
Pode ser estranho para muitas pessoas de primeira, mas como não amar uma série que tem de tudo? História geral, ficção científica, realidades paralelas, viagens no tempo, draminhas, humor… E sotaque britânico! Além de vários atores superlegais que fazem participação especial (tipo o Andrew Garfield. Tenho uma crush no Andrew Garfield!). E depois do terceiro episódio, que é sobre Charles Dickens, não tem como não amar. Embora todo mundo não pare de me alertar que a era Moffat vai me decepcionar, eu tenho esperanças.
Se você curte ficção científica e histórias sobre viagem no tempo, Doctor Who é obrigatório. Você vai rir, chorar, roer as unhas e adorar cada segundo assistindo – e ver uns 3 ou 4 de uma só vez e se controlar para assistir aos poucos. Então, ficou com vontade? Eu recomendo ir lá no Whovians, por que tem os episódios para baixar e várias coisas legais sobre a série.
No Brasil foi exibido hoje o último episódio da segunda temporada (todos se matam de chorar com a lembrança de Doomsday!) pela TV Cultura e já tem o box da primeira temporada à venda – quero pra ontem! Agora com licença que vou ali assistir mais episódios de DW…
E aí, já foi assistir?